Rapper do Racionais MC’s bate um papo sobre paternidade, masculinidade, afeto e autocuidado no Josyas Barbershop ao lado dos filhos Kaire e Domênica.
A Natura convidou o rapper e compositor Mano Brown e seus dois filhos para protagonizar a campanha de Dia dos Pais da marca. A peça reforça o lançamento da linha Natura Homem Neo com Brown, Domênica e Jorge Dias. Certamente o principal objetivo da campanha é apresentar diversos olhares sobre as masculinidades a partir do ponto de vista da relação de pai e filho.
Na resenha Pedro Paulo conta como se reinventa profissionalmente no cenário cultural e também como ele explora o mundo da paternidade. A campanha, que tem como conceito “Sinta o novo na pele”, aposta no diálogo de Brown com os filhos. Utilizando da intimidade com Josyas para destacar uma faceta pouco conhecida pelo público sobre o artista.
No vídeo, Brown refletiu sobre o homem que se cuida e se preocupa com uma masculinidade mais sensível, empática e pronta para o viver o novo. Em determinado ponto do bate-papo Brown revelou o sentimento de pai manifestado em suas composições.
“Tem um outro lado também que eu sempre achava que meus filhos não eram só eles dois… Teve uma época que o meu rap falava das crianças no geral, as que não tinham família, que não tinham pais… eu entendia que meus filhos, não eram os únicos filhos. E que se você se resguardar a ser pais apenas dos seus dois filhos, eu achava que era tipo assim, covarde”; conta Brown.
Questionado por Josyas, seu barbeiro de longa data, sobre se considerar um bom pai, Brown foi sincero: “As vezes ele podem me ver talvez mais seco um pouco, mais linha dura um pouco, esse negócio de manter a autoridade. Então, na minha visão eu tinha que ser uma autoridade dentro da minha casa para educar que eu pudesse educar eles. Talvez isso pode ter sido entendido como falta de carinho“; revela o rapper.
Por outro lado Kaire tem uma concepção diferente de afetividade e sente que foi sim amado na infância: “Eu acho que os momentos que a gente tava junto e compartilhando afeto era muito importante, muito relevante. A minha infância, principalmente. Então, sei lá, ir no jogo do Santos, vim pra barbearia. Dar um rolê de carro, dar um rolê de lowrider. É algo que pra mim eu já supria esse lance de tipo, de um ‘ah um beijo’, do ‘eu te amo’. É uma forma de afetividade também.”