Cadê os Yanomami? Rappers se posicionam sobre o desaparecimento de aldeia indígena

Yanomami

Djonga, Matuê e Filipe Ret engajam causa que cobra explicações sobre desaparecimento de 25 indígenas em Roraima.

Quase uma semana após vir a público o incêndio na terra indígena Yanomami em Roraima, ainda não se sabe o paradeiro dos 25 indígenas que moravam no local. Na comunidade Aracaçá, que foi encontrada queimada e vazia, ocorriam investigações sobre o estupro e morte de uma menina ianomâmi de 12 anos.

Famosos como Whindersson Nunes, Alok e Anitta criticaram garimpeiros que exploram ilegalmente a região. Além disso influenciadores e ativistas subiram a tag “Cadê os Yanomami” cobrando explicações das autoridades.

O caso ganhou repercussão nacional e tem mobilizado inclusive rappers como Djonga, Matuê, Filipe Ret, Froid e o produtor Daniel Ganjaman nessa causa.

“No mínimo curioso que 522 anos depois o processo do colonizador ainda não acabou. Tá ligado? Uma menina de 12 anos foi estuprada por garimpeiros. Depois das denúncias da rapaziada da tribo Yanomami, essa tribo foi incendiada e extinta. Ai quando a gente supõe e fala em tacar fogo nos racistas (…) a única justificativa deles é se defender e esconder o erro.” desabafou Djonga em video.

Logo após fazer esse comentário Djonga teve seu post removido pelo Instagram. O rapper se indignou com a censura da palavra “Fogo nos racistas” e cogitou deixar a rede social. Recentemente, uma mulher foi condenada pelo uso da frase e Djonga entrou com um recurso contra a decisão judicial. “Fogo nos racistas” virou um grito de resistência depois do impacto da música “Olho de Tigre“.

A rapper indígena Kae Guajajara foi além e fez uma profunda reflexão. Ela afirma que toda obsessão por ouro, tanto do estado, quanto rappers e facções, financiam o garimpo.

https://twitter.com/kaeguajajara/status/1521816334941753346?s=20&t=-sIOu7-kHIVgP-XZfPMLXA

 

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