Eduardo Taddeo é aprovado no exame da OAB e torna-se advogado

Eduardo Taddeo
Foto: Facebook

Eduardo Taddeo, ex-Faccção Central, anunciou que foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

O rapper Eduardo Taddeo é certamente uma das lendas do rap nacional. Na ativa desde os anos 90, Edu fez história com o grupo Facção Central lançando álbuns épicos como “A Marca Fúnebre Prossegue” (2001);  escreveu o livro “A Guerra Não Declarada na Visão de um Favelado” (2012); palestrou na Fundação Casa e mais recentemente foi aprovado na OAB.

O influente rapper sempre foi um revolucionário, partindo do princípio que nossa maior arma é uma mente educada. E esse discurso foi realmente posto em prática, com Eduardo Taddeo cursando direito nos últimos 5 anos. Por fim, nessa quarta-feira (12) o rapper foi aprovado no último exame da OAB e é oficialmente um advogado.

“Sempre afirmei nos meus raps e palestras, que as pessoas da periferia não são limitadas apenas as conquistas na música ou no esporte. A nossa única diferença para a playboyzada é que eles herdam as facilidades e nós a fome e os tiros da polícia. Hoje comprovei na prática que esse pensamento que tanto defendi e defendo, não é teoria ou falácia, e sim a mais pura verdade. Depois de 5 anos de um intenso e tenso curso de direito, fui aprovado no exame da OAB.” postou Eduardo nas redes sociais.

O anúncio dessa conquista é mais um marco na brilhante carreira e também para a cena do rap nacional. Afinal, devemos lembrar que Eduardo foi de um jovem favelado que não havia terminado nem o ensino fundamental, à rapper, escritor, palestrante e advogado. Cumprindo com os versos de “Apologia ao Crime” (2001) que profetizavam “O sistema tem que chorar vendo a sua formatura“.

“Para desespero do sistema, o filho da pedinte lá do cortiço do centro de São Paulo, além de rapper, agora é Doutor! Acredite também no seu potencial! PORQUE EU ACREDITO!” completou Eduardo Taddeo no Instagram.

Paralelamente aos estudos Eduardo ainda entregou um excelente álbum em 2020 intitulado  “O Necrotério dos Vivos” com 29 faixas. Mais um grande trabalho, sempre mantendo a linha contestadora.