Festival MADA reuniu 25 mil pessoas em dois dias em uma vibe surreal

Na última noite do Festival MADA Luísa e os Alquimistas no palco
Na última noite do Festival MADA - Divulgação/Rogério Vital

Milhares de pessoas estiveram presentes nos dois dias de evento que reuniu nomes consagrados e novas apostas da música brasileira.

O Festival MADA teve o seu último dia de shows neste sábado (24), deixando o legado como grande catalisador de tendências musicais e agregador em equidade de gênero. Com um público estimado em 25 mil pessoas nas duas noites, o festival acertou em suas apostas, compondo um line up de artistas e bandas de projeção nacional e internacional.

Entre as apresentações, estiveram grandes nomes como Gloria Groove, Emicida, Josyara e Terno Rei, que se apresentaram na sexta (23). Desse modo, Linn da Quebrada, BaianaSystem, Mayra Andrade (Cabo Verde) e Luísa e os Alquimistas fizeram seus shows no sábado. E não pense que apenas os shows estavam com tudo, o after contou com nomes como Pajux, Elisa Bacche, Javita, Iguia T na sexta, e o Baile do DK no sábado.

Sobre a inclusão que o Festival MADA proporcionou

O evento disponibilizou tradutores de Libras nos shows, além do acesso aos equipamentos e lista trans-free. Para o produtor a frente do festival, Jomardo Jomas, é preciso entender o acesso como algo integral para todas as pessoas, segundo ele:

“O MADA com sua história não poderia ser diferente, a inclusão é uma responsabilidade de todos e cada vez é mais necessário quebrar as barreiras. A música tem esse papel agregador”.

Quem estava à procura de novas batidas perfeitas, certamente encontrou. Foi um fim de festa marcada pelo encontro de ritmos, danças, sons e culturas. Entre os diversos momentos incríveis, é importante destacar o show inédito da cantora Mayra Andrade, a estreia do Afrocidade nos palcos natalenses, e o lançamento do novo álbum de Luísa e Os Alquimistas.

Mayra trouxe sua primeira turnê ao Brasil e o MADA foi o palco de encerramento. Grávida de sete meses, ela apresentou um show impecável, cantando em português perfeito, além do dialeto crioulo, o francês e espanhol. Na plateia estavam também conterrâneos de Cabo Verde, que fizeram a festa agitando a bandeira de sua terra natal.

Por outro lado, BaianaSystem voltou ao MADA pela quarta vez. Vestidos nas cores de preto e vermelho, o grupo trouxe o show Sulamericano, imerso ainda mais na ancestralidade afrolatina. Contudo, a surpresa para um show já tradicional em Natal, foi a presença da cantora chilena Claudia Manzo.

Destaque histórico para a apresentação da banda Luísa e os Alquimistas com o lançamento do álbum Elixir. A potiguar Luisa Nascim é a primeira frontwoman a ocupar um dos lugares de maior destaque da cultura dos festivais: o encerramento de um palco. Embalados por ritmos latinoamericanos, a banda manteve a energia tropicalista que regeu a noite, mesclando elementos da música pop à diversidade linguística.

Não deixe de ver: Kyan anuncia novo projeto para dar oportunidade a outros artistas