O disco traz refrões marcantes, com influências de funk e trap em participações de Vulgo FK, Sarah Guedes, Oruam, Tasha e Tracie.
A espera acabou! Chegou às ruas nessa quinta-feira (13) o sexto álbum de estúdio do rapper mineiro Djonga. O disco intitulado ‘O Dono do Lugar’ havia sido anunciado durante o festival “Planeta Brasil”, em Belo Horizonte (MG) e vem para quebrar a tradição de lançamentos em março.
A inspiração do rapper nas aventuras de Dom Quixote, fica vísivel logo na capa fotografada por Coniiin em Consuegra, na Espanha, o local original da história escrita pelo autor espanhol Miguel de Cervantes. Além disso, na manhã dessa quinta-feira aconteceu uma intervenção artística com Moinhos de Vento na Praça Sete em Belo Horizonte que virou assunto em grandes portais.
O disco inédito conta com 12 faixas e surpreende pela quantia de tracks, a maior em um único trabalho até então. Outro ponto importante é a mensagem do disco, sendo a principal delas uma crítica ao funcionamento do mercado da música, como a busca incansável pelo “hit do momento” e seus padrões repetitivos.
“É uma reflexão, sobre contra quem estamos lutando, pelo que, e se temos força pra isso. Essa representação já começa pela capa, onde escolhi diversos moinhos, uma referência a ‘Don Quixote’, de Miguel de Cervantes, que é uma grande alegoria sobre isso, essa loucura, idealismo, confusão. Acredito que isso diga muito sobre as letras do disco e sobre meu atual momento” destaca Djonga.
Entretanto, ‘O Dono do Lugar’ não deixa de falar muito sobre a vivência de Djonga, além de reflexões sobre o masculino e masculinidade, motivadas pela criação de seu selo, “A QUADRILHA”, gerida e composta, majoritariamente, por mulheres (90% do quadro de colaboradoras).
Antes de mais nada, confira o visualizer da faixa “tôbem”:
“A criação d’A QUADRILHA foi uma virada chave na minha carreira, trouxe uma nova forma de ver a música, de encarar o mercado e marca uma nova fase da minha vida. Além disso, tenho aprendido muito vendo as meninas no corre, lutando pra caramba para entregar um trabalho incrível, desde as mais velhas até as mais novas”, contou o rapper que criou o selo em 2022.
Desistência da “aposentadoria” dos álbuns:
A ideia do disco partiu de um momento em que o artista estava desesperançoso por causa da pandemia. Fase em que o artista se sentia amargurado, pois e a vida não vinha seguindo o fluxo que ele queria.
através da sua assessoria, Djonga admite que sentia saudades dos palcos, e estava um pouco ressentido com o lançamento de “Nu”. Afirmando que o álbum anterior não foi finalizado como esperado.
“Comecei a achar que o problema era lançar disco, já que vivemos essa febre dos singles. E eu gosto de disco, que seja uma obra conceitual de ponta a ponta e isso martelava na minha cabeça, mas a volta aos palcos me ajudou a colocar as ideias no lugar e aí surgiu a ideia para este trabalho”.
Desta forma, Djonga decidiu não lançar nenhum single até o fim de 2022 para trabalhar intensamente em “O Dono do Lugar”. O disco foi sendo gravado ao longo do ano sem se preocupar com a obrigação da data 13 de março. Afinal, o rapper havia comunicado que não iria mais lançar nenhum disco e assim pôde dosar a pressão dos fãs para dar o seu melhor e voltar a ser ‘O Dono do Lugar’.
Por fim, ouça o álbum completo no Spotify: