L7nnon participa do Caldeirão do Huck.

Saiba mais sobre a trajetória recente do rapper da Favela do Realengo que virou atração de um programa nacional.

Lennon Frasseti, mais conhecido como L7nnon, vem se sagrando um fenômeno do rap brasileiro. Neste sábado (23) o rapper de 26 anos se apresenta em um dos maiores programas do país, o Caldeirão do Huck, com o intuito não só de mostrar seu trabalho musical, como também relatar sua realidade: do alto do morro do RJ as paradas de sucesso do rap.

Desde criança L7 tem facilidade com o freestyle e a arte de rimar, porém levava isso somente como um hobby. L7nnon, antes de se tornar artista, havia participado e representado o Brasil como skatista em diversas competições. No entanto, apesar de seu talento no skate, em 2017 decidiu lançar seu primeiro trabalho, e dali em diante, colhe os frutos de seu trabalho na cena musical.

Minha ideia era viver com o skate e soltar as músicas quando eu quisesse, sem ser algo profissional. Mas a galera gostou da primeira e foram me chamando para participar de outros projetos. Quando vi, minha vida virou de cabeça para baixo, mas positivamente. Deu no que deu. Tudo mudou com a música” — Comentou ao site Extra em Novembro.

Álbum Hip Hop Hare:

Colhendo os frutos do lançamento do 2º álbum da carreira intitulado ‘Hip Hop Rare‘, o rapper recebe a oportunidade de se apresentar na maior emissora de TV brasileira. ‘HHR’ tem 15 faixas de autorias próprias do artista e mixagem e produção musical de Papatinho. A inspiração para suas músicas vem da vivência cotidiana do Rio de Janeiro com canções cheias de amor, motivação e críticas sociais.

Tudo o que canto foi totalmente escrito por mim. Papato fica com o beat e eu não me meto, não (risos). Ele que é o brabo nisso” disse em outra oportunidade.

O rapper, que não bebe e nem fuma, tenta influenciar seu público positivamente, mas afirma que não critica a realidade dos outros. O rapper que hoje é presença ilustre na TV, já contou em entrevistas que mesmo após a fama ainda sente o peso do preconceito.

Todo mundo que vem de baixo sofre preconceito por ser favelado, pelo seu modo de falar, de andar, de se vestir. Eu sou parado pela polícia sempre. Esses dias mesmo, um policial pediu o documento do meu veículo e perguntou se era alugado. Ou seja, ele não consegue enxergar aquele carro sendo meu.” completou L7.

Ouça ‘Hip Hop Hare’ no Spotify: