Magneto MC, organizador da Batalha do Coliseu, é acusado de violência doméstica

Foto: Instagram

A vítima Emily Rodrigues, companheira do MC, usou as redes sociais para denunciar o caso que gerou rapidamente o afastamento de Magneto da organização do Coliseu.

Carlos Magno Rodrigues, ou apenas Magneto, é um dos nomes mais conhecidos da cena das batalhas de rima do Rio de Janeiro. O MC venceu inúmeras batalhas regionais e chegou a ser cotado para a disputa do último Nacional.

O carioca deu início a carreira no final de 2014, quando participou da Roda da PSK, ganhou mais destaque quando foi para a Roda de Vila Isabel em 2015 e depois Coliseu. Porém essa carreira até então promissora pode ter ido por água a baixo, depois que vieram à tona graves denúncias de agressão contra sua companheira Emily Rodrigues.

Segundo Emily, as agressões cometidas por Magneto já vinham de muito tempo. E em um momento de coragem ela resolveu expor tudo em seus perfis no Instagram e Twitter, inclusive com fotos que compravam alguns hematomas da última agressão, que foi o estopim para ela fazer o seguinte desabafo.

Canse de perdoar, cansei das minhas duas filhas me verem apanhando, cansei de achar que ia ficar tudo bem, simplesmente cansei! Cansei inclusive de ficar calada! Magno você é um monstro, isso nunca foi amor!” postou Emy no Twitter.

Em seguida a jovem republicou os stories postados no Instagram, agora no Twitter, mostrando os hematomas deixados nas costas e no pescoço. Suspotamente causados por Magneto. “Tem mais um monte desses espalhados pelo meu corpo“.

Magneto era o produtor executivo da Batalha do Coliseu, uma das mais famosas do Brasil. Mas assim que o caso veio a público os organizadores rapidamente prestaram solidariedade a Emily e comunicaram o imediato afastamento do MC de todas as atividades ligadas ao Coliseu.

Em seu perfil do Twitter, Magneto não comentou a agressão, somente lamentou o que parece ser o fim de sua carreira nas batalhas de rima.

Números da violência doméstica no Brasil

De acordo com matéria publicada no site G1, em 2020 o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher, nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100. Segundo relatório divulgado as vésperas do Dia Internacional da Mulher pelo ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

A ministra Damares Alves explica que a pandemia e o consequente isolamento social foram fatores que aumentaram significativamente esses números. Mas um dos problemas ainda é a subnotificação, o que leva a crer que os números são bem maiores.

Para denúncias o ministério oferece contatos pelo WhatsApp (61) 99656-5008 e por um aplicativo próprio chamado “Direitos Humanos Brasil”. Além das plataformas do Ligue 180 e do Disque 100.

Casos como o de DJ Ivis demonstram que não serão mais toleradas tais atitudes

Esse caso de Magneto remete ao recente e emblemático caso de agressão contra mulher cometido pelo também artista, DJ Ivis, que chocou o Brasil pela brutalidade de suas ações flagradas por câmeras de segurança da residência onde morava com a vítima Pamella Holanda.

Todas as músicas com DJ Ivis caíram drasticamente nas paradas de streaming após vídeo de agressão contra ex-mulher. Além disso outros cantores e gravadoras anunciaram fim de parceria com o DJ. Assim como Spotify e Deezer que excluíram todas as músicas com DJ Ivis de suas playlists.

A última pá de terra jogada sobre seu nome foi pela Sony Music, uma das três maiores gravadoras do mundo, que havia assinado com Ivis em abril de 2021 e rompeu o contrato com o artista, assim que o caso veio à tona e o DJ foi preso.