O perfil do Facção Central confirmou a morte de Dum Dum nesta sexta-feira (12). Eduardo Taddeo, ex-companheiro do rapper, também expressou seu luto.
O rap nacional perde uma de suas vozes mais poderosas. Morreu na manhã desta sexta-feira (12), o rapper Washington Roberto Santana, o Dum Dum, aos 54 anos de idade. Ele havia sofrido um AVC em 06 de abril e desde então estava internado no Hospital do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo em coma induzido.
Seu ex-companheiro de grupo Facção Central, Eduardo Taddeo, publicou uma mensagem de despedida ao amigo no Instagram: “Infelizmente na manhã de hoje o rap nacional ficou mais pobre. Uma das maiores vozes do hip Hop nos deixou. Seu legado será eterno. Descanse em paz meu mano, todas as quebradas do Brasil agradecem pelo que vc fez e representou.”
Trajetória:
Dum Dum começou a trabalhar cedo, aos 11 anos de idade, como entregador de jornal. Logo depois trabalhou como peixeiro e também em uma empresa de fotolitos. Mas foi após ver pela primeira vez um show de rap que ele se interessou pelo gênero musical e criou o grupo Fator Extra com seu amigo Garga.
O grupo Facção Central formou-se em maio de 1989, com Jurandir, Eduardo e Nego. Com essa formação, eles lançaram dois álbuns, “Juventude de Atitude”, em 1995, e “Estamos de Luto”, em 1998. No ano seguinte, o grupo lançou o disco “Versos Sangrentos”, um dos mais polêmicos e populares de suas carreiras.
Com letras de protestos relacionados a temas como violência, corrupção, fome e a realidade nas periferias, o disco foi alvo de censura. Por exemplo, acusaram a música “Isso Aqui é uma Guerra” de apologia ao crime.
Dum Dum deixa um legado na música e na cultura de rua. Sua contribuição foi fundamental para o rap brasileiro e para a luta contra a opressão nas periferias do país. Seu nome jamais será esquecido pelos fãs do estilo. Que descanse em paz.