TikTok revoluciona a indústria da música no Brasil e impacta o rap.

Estudo inédito da Winnin revela como o app vem transformando o consumo de música online da geração Z e indica K-Pop, Rap e Hip-Hop; entre os gêneros mais utilizados.

A pandemia mudou a forma de consumo de muitas pessoas, principalmente em relação aos aplicativos. Dentre eles, não é novidade que o TikTok chegou revolucionando a cultura online, além de evidenciar a importância de se comunicar com a geração Z. Mas será que um aplicativo pode influenciar grandes indústrias, como a da música?

Para responder essa questão, a Winnin, martech brasileira que mapeia a cultura nas redes com inteligência artificial, preparou um estudo exclusivo revelando o impacto do TikTok no consumo de música online. A empresa analisou os formatos, trends e creators, identificando como o aplicativo gerou este grande impacto na forma de consumirmos música online.

A plataforma criou uma linha do tempo para entender como uma música se torna viral no aplicativo e consequentemente acaba sendo buscada nos streamings de música:

  1. A trend é lançada no TikTok: É quando o vídeo começa a ter visibilidade e viralizar a música, seja ele com uma coreografia, point of view, dublagem, covers ou challenges.
  2. Participando da trend: As pessoas começam a reproduzir a música em seus vídeos, duetando, dançando ou criando uma nova trend com aquele som.
  3. Busca pela trilha sonora em streams de música: Por aparecer em diversos vídeos dentro da plataforma, as pessoas começam a buscar pela trilha sonora completa nesses streams de música, para ouvirem no dia-a-dia.
  4. A música viraliza: Após as pesquisas, a música viraliza gerando um engajamento positivo em todas as plataformas.

A plataforma combinou o potencial de visualização de um assunto de acordo com o tamanho da sua audiência e chegou aos cinco gêneros musicais mais consumidos pela geração Z no app:

  1. K-Pop;
  2. Rap e Hip-Hop;
  3. Música Latina;
  4. Pop;
  5. Funk.

Podemos perceber essa influência do TikTok crescendo dia a dia quando traçamos um paralelo com as 10 músicas mais ouvidas em 2020 no Spotify, sete delas viralizaram primeiro no TikTok. Além de entender o processo de viralização de uma trilha no app, o estudo mapeou que um doos formatos que mais engajam as músicas são as coreografias, seguidas dos challenges.

Um exemplo simples dessa receita de sucesso é o rapper Kawe. Para vocês terem noção, Hungria foi por muito tempo o artista de rap mais ouvido do Spotify e isso parecia que ia se perpetuar.

Mesmo com a excelente estréia do álbum ‘MDT” do Matuê, o efeito Djonga, Orochi ou até mesmo a Pineapple com o “Poesia Acústica” … nada parecia ser páreo para o brasiliense, mas aí veio a coreografia de “Mds” de Kawe e Lele JP e o rapper paulista conseguiu o feito de tomar o posto de artista de rap/hip hop mais ouvido da plataforma. Hoje Kawe conta com aproximadamente 5 milhões de ouvintes mensais, boa parte disso tudo graças ao Tik Tok.

Kawe e Teto, dois dos fenômenos do Tik Tok.

Um outro artista que cresce seus números nas plataformas dia após dia impulsionado pelo Tik Tok, é o rapper nordestino Teto, artista da 30PRAUM. Músicas como “M4” e “PayPal” lideram a preferência dos challengers e a coreografia é uma das mais utilizadas no app. Por consequência as buscas pelos singles no Spotify disparou.

Somente na última semana, os singles “M4” de Tet0 e “Mds” de Kawe tiveram mais de 10 milhões de reproduções no Spotify juntos.

Fora do Brasil isso é muito mais explorado. O desafio de “Buss It”, da rapper gringa Erica Banks, que tem mais de 2,4 bilhões de visualizações na plataforma, também exemplifica esse recurso. Em uma transição os vídeos começam com a faixa “Hot in Herre”, do Nelly, normalmente com a pessoa mais à vontade. A cena corta para ela descendo até chão com visual bem diferente e “Buss It” na trilha. A cantora brasileira de R&B Iza foi uma das que entraram na brincadeira e seu post tem mais de 3 milhões de curtidas.

Erica Banks

Apesar de ser uma das plataformas mais relevantes do momento, o TikTok ainda não é aproveitado em sua totalidade pelas marcas. O aplicativo, que impulsiona a criação de conteúdo altamente replicável, tem um grande impacto na cultura online e, principalmente, na música. Assim como a indústria musical foi impactada pela força do TikTok, outros segmentos já estão passando por essa transformação.

Metodologia do relatório

O levantamento levou em consideração o aumento de buscas por determinadas trilhas, relacionadas ao uso delas no TikTok no ano de 2020/21 e dentro dessas temáticas, analisou os criadores de conteúdos e os formatos que auxiliam nesse engajamento e auxílio à indústria da música. Todos os insights foram construídos a partir de dados do software proprietário de inteligência de vídeo da startup, o Winnin Insights, que mapeia novas tendências emergentes de acordo com múltiplas variáveis como setor, público-alvo e objetivo de negócios, entregando insights e permitindo que marcas e agências ajam rapidamente para criar produtos, ações e estratégias mais assertivas e relevantes.

Sobre a Winnin

Fundada em 2015 por Gian Martinez, a Winnin é uma martech que empodera a criatividade por meio da ciência de dados. Líderes globais como AB Inbev, Danone, Coca-Cola, Nestlé, entre outros, confiam na Winnin para tomarem decisões melhores e mais relevantes. O Winnin Insights, software proprietário de inteligência de vídeo, mapeia novas tendências emergentes de acordo com múltiplas variáveis como setor, público-alvo e objetivo de negócios, entregando insights e permitindo que marcas e agências ajam rapidamente para criar produtos, ações e estratégias que se conectem ao espírito do tempo e aos consumidores de amanhã. Com sócios como Coca-Cola e ZX Ventures e sede no Rio de Janeiro, a Winnin tem um time formado por mais de 70 pessoas.