Filipe Ret e Djonga criticam ação da polícia carioca que matou 23 pessoas na Vila Cruzeiro

Filipe Ret Vila Cruzeiro

Rappers usaram as redes sociais para demonstrar indignação com as chacinas em favelas cariocas e questionaram mortes comparadas com ação em condomínio de luxo.

A fatídica operação na Vila Cruzeiro realizada na última terça-feira (24) resultou, até agora, em 23 mortes, de acordo com a Polícia Civíl, corrigindo número divulgado pelas secretarias municipal e estadual de Saúde do Rio.

No entanto a OAB, defensoria pública e orgãos ligados aos direitos humanos, citam ‘indícios de execuções’ na operação da Vila Cruzeiro. Além da confirmação de inocentes entre as vítimas do tiroteio. De acordo com alguns representantes, o IML teve que montar força-tarefa com funcionários de folga e de férias para liberar todos os corpos.

Para justificar tal ação o poder público se gabou de ter aprendido cerca de 13 fuzis, drogas e outros itens, supostamente dos criminosos mortos. Porém, se formos fazer uma comparação simples com o famoso episódio dos 117 fuzis aprendidos em condomínio de luxo, onde não foi disparado um tiro sequer, essa desculpa “não cola”.

Dessa forma, o rapper Djonga, sempre engajado em causas socias, fez uma publicação em seus stories do Instagram demonstrando sua indignação com a chacina. “Jacarezinho: 6 fuzis, 28 mortos; Vila Cruzeiro: 13 fuzis, 22 mortos; Vivendas da Barra: 117 fuzis, 0 mortos“; legendou o rapper mineiro.

Já o rapper Filipe Ret garante que todas as favelas do Brasil o recebem de braços abertos. Pois sempre chega com muito amor, ao contrário do “governo que não ama seu próprio povo”. Completando sua postagem no feed do Instagram com as hashtages #genocidio e #vilacruzeiro na foto do show realizado recentemente na mesma comunidade.

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Como notícia de abusos policias no Brasil infelizmente tornou-se rotina, nessa quinta-feira (26) também repercute nas redes sociais um novo caso. Afinal, a Polícia Rodoviária Federal matou covardemente um homem em Sergipe ao trancá-lo em um porta-malas e usarem spray de pimenta contra o rapaz.